A companhia aérea Angolana TAAG ampliou sua malha aérea e adquiriu aviões novos. Com isso, surgiram diversas promoções de passagem para divulgar as novas rotas TAAG e uma dúvida pairava no ar:
Como é fazer escala em Luanda? Vale a pena voar pela TAAG ?
Pesquisei várias opiniões na Internet mas após viver essa experiência decidi que preciso contar a minha. Acho que a minha conclusão foi um pouco diferente das demais.
Nesse texto vou trazer o que foi bom e o que não foi.
Obs: Comecei escrevendo esse texto direto do aeroporto de Luanda, Angola, pra passar a exata sensação dessa viagem.
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Vários Brasileiros aproveitaram as promoções da TAAG que promoveram os novos destinos, foi posível encontrar passagens a cerca de R$ 1000 e R$ 1600 reais para vários destinos da África na classe econômica.
A TAAG é uma empresa do governo Angolano administrada pela empresa Emirates desde 2014 mas que chegou a ser proibida de voar em alguns países europeus devido a insegurança de voo. Contraditório, fica difícil saber se é confiável ou não até que você viva a experiência.
Eu fui uma dessas pessoas que aproveitou a promoção. Comprei o voo São Paulo com destino a Cidade do Cabo e escala em Luanda (Angola) pela TAAG na classe econômica.
Minha experiência será divida entre chegada e partida pois isso pode mudar sua opinião como mudou a minha.
No aeroporto de São Paulo o check-in é composto, (ou foi) de uma terra sem lei, não tem fila.
Por outro lado, absolutamente todos os funcionários TAAG foram simpáticos e receptivos comigo.
Já no avião, o voo havia vindo do Rio com muita turbulência, e os cariocas presentes estavam com medo. Relataram que a comissária de bordo havia sido incrível e oferecido até calmante a elas. Ponto pelo atendimento TAAG em todos os momentos.
Das 6 refeições servidas (3 em cada trecho), apenas uma não me agradou.
Em resumo dá pra dizer que foi uma experiência positiva e bastante superior a concorrente South African nesse sentido. (pude comparar com familiares que voaram por essa companhia na mesma semana).
Jantar, café da manhã e “brunch”.
O jantar foi excelente. Pedi carne e era um medalhão e vinho para acompanhar. Quem pediu frango teve macarrão ao molho alfredo. Tudo farto, com pão vinho, queijos, salada e até uma sobremesa gostosa.
O café da manhã foi pobre, pão com manteiga e seja feliz. Eu achei discrepante de ruim comparando com o jantar. O almoço ou “brunch” foi ok, acabei comendo pouco pois tinha acabado de acordar, no Brasil seriam 4 da manhã e eu não queria comer nada!
Na volta pedi carne novamente e foi servido um pure de batatas com strogonoff, a sobremesa também era boa e tudo foi parecido com a ida, mas com a ressalva de um café da manhã melhor com frutas e etc.
No fim a média fica em 8 pras refeições, mas se você não liga pra café da manhã vai achar 10!
Aí vem a famigerada escala – Parada em Luanda. Um aeroporto pequeno, quente como um verão carioca e sem água nos banheiros. Na verdade não é aconselhavel beber a água de garrafa também.
O aeroporto de Luanda (foto), o “4 de Fevereiro” é conhecido por ser um dos piores do mundo. É comum histórias com roubo e extravio de malas, Luanda tem um visto quase impossível de tirar e uma cidade triste, pobre… É triste de verdade.
Eu só me preocupei com isso depois, pois ouvi diversas pessoas dizendo que eu não ia sobreviver nem chegar ao meu destino final.
Minha conexão tinha intervalo de 1 hora e meia. O que foi ótimo pois só cheguei, fiz uma porção de novas amizades e rumamos pra Cape Town.
Mas a história muda no vôo de volta, esse que estou vivendo enquanto escrevo esse texto. Eu cheguei (estava/estou) e-x-a-u-s-t-a e faminta.
Eu havia passado o dia sem comer praticamente (tomei uma Coca desesperadamente pra amenizar a fome), estava muito quente em Cape Town e eu estava completamente cansada. Acabei já chegando ao aeroporto de Cape Town em um estado de exaustão. Por sorte a comida do vôo também estava ótima e foi um jantar que recompôs o estado de fome.
O problema foi a escala em Luandana volta ao Brasil. Cheguei faltando 2,5 hrs pro meu vôo Luanda com destino a São Paulo. O problema do vôo de volta é que essa conexão te leva ao trecho mais longo da viagem, e começa-la já exausta é bem ruim.
Pra ajudar, as 9 da noite fazia um calor de 27 C. Não há muito o que fazer, não tem por onde andar.
Não queria beber nada pra não precisar ir à um banheiro sem água. Meu corpo estava pesado. O portão mudou cerca de 4 vezes e era um descer e subir escadas. E eu só queria embarcar.
O voo estava bem lotado e não consegui sentar em uma fileira sozinha, o que piorou meu estado.
A minha mala quebrou em algum trecho dessa viagem.
Ao chegar no aeroporto informei a funcionária TAAG que não gostou da notícia. Eu tive que lembrá-la que a pessoa com danos ali era eu, que havia viajado por 10 horas, estava exausta e apenas relatando um fato.
A minha sorte foi ter feito o Seguro Viagem com a Seguros Promo e Travel Ace, estou em processo para ser ressarcida e volto aqui para contar o resultado.
ATUALIZAÇÃO DO CASO: Fui ressarcida do conserto da mala em cerca de 1 semana após o envio da nota fiscal. Deu tudo certo.
Sobre a franquia de peso pela TAAG, há divergências. O ideal sempre é consultar o seu bilhete específico.
A funcionária me informou que a ida de São Paulo a Cape Town permite 2 malas de 32kg por passageiro, enquanto a volta, de Cape Town a São Paulo permite apenas 2 malas de 23kg. Isso por que cada trecho respeita a regra do seu país.
No fim, eu estava com uma mala de 32Kg na ida e na volta, e não paguei excesso de bagaem em nenhum trecho.
É fraco, poucas músicas, poucos filmes, na maioria muito antigos, nenhuma série. Alguns jogos. Eu assiti a um filme ruim e todos os outros momentos deixei na tela do mapa iterativo ou dormi.
Fiz voos noturnos então foi uma vantagem fazer o tempo passar dormindo.
Minha dica: leve seu próprio entreterimento e não viaje durante o dia.
Voei com o Boeing 777-300 que é um dos maiores.
Achei o espaço entre fileras maiores que a maioria e a largura da poltrona era ok. Posso dizer que maiores que a da companhia aérea brasileira que se diz possuir assentos-conforto.
Ponto negatvo aqui é que nem todos os assentos reclinavam. Parece ser um defeito comum pois em várias poltronas que sentei isso ocorreu.
Em geral posso dizer que a experiência foi positiva e que esperava muito menos após tantos relatos negativos. Ainda assim, compreendo alguns motivos pelos quais as pessoas não gostam desse trecho.
Eu não recomendo para quem tem conexões longas.
O problema desse vôo é sem dúvidas o aeroporto de Luanda. Desde o atendimento, a desorganização, o calor, a estrutura precária.
Eu voaria novamente de TAAG nas situações de:
– Não fazer escala em Luana ou fazer uma escala menor que 2 horas (o que é quase impossível pois Luanda é a sede da empresa, a parada é “obrigatória”).
– Um voo com um preço promocional bastante atraente e mais barato que outras companhias fazendo o mesmo trecho.
Do contrário, pagaria mais pra voar de South Africa Airlines (SAA) e ainda faria uma parada sem custos extras em Joanesburgo, como stopover. Outro fato relevante é poder pontuar no programa de millhagem da LATAM voando com ela ou com SA, o mesmo não ocorre com o voo pela TAAG.
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